Meu Rincão

Minha terra não é de todos;
Apenas de quem a ama!
Minha terra não tem tudo;
Apenas o essencial!
Minha terra não tem pressa;
Mas, às vezes, corre!
Minha terra não é grande;
Apenas suficiente!
Minha terra é rica:
Cultura, vanguarda, tradição...
Minha terra perfeita? É, não!
É quase humana, mãe!
É mutante:
Cinzenta , estorricada,
De repente, verde, encharcada!
É sensível, persistente, alegre...
Minha terra enche-me de saudade
Sua água revigora-me
É renovação!
São, do Sabugi,
João.

PR_SJS

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Carnaval 2013: MÁSCARAS...

Um breve relato, seguido de um apelo pela preservação de NOSSO PATRIMÔNIO CULTURAL SABUGIENSE!!!





MÁSCARAS
 
As máscaras têm servido a diversos propósitos, desde o religioso até o prático, passando pelo artístico e pelo lúdico. Sociedades primitivas já se valiam das máscaras para representarem os totens das tribos ou para afugentarem os maus espíritos, e desde os primórdios do teatro a máscara tem sido um importante acessório cênico representativo de personagens. A palavra pode significar “fantasma” (do latim mascus), “palhaço” ou “homem disfarçado” (do árabe maskharah)
A arte do papel machê é muito antiga e pode ter-se desenvolvido na China, na Pérsia ou na Índia, consistindo na produção de uma massa utilizando água, papel e cola (às vezes, também gesso), com posterior confecção de objetos utilitários os decorativos. A expressão papel machê vem do francês papier mâché, que significa “papel picado”.
Os papangus de São João do Sabugi, uma tradição provavelmente centenária, são do tipo “papangu pobre” e têm o seu perfil construído por traje andrajoso, chocalho, luvas, máscara e relho. A máscara deve ser construída de papel machê, para isso existindo várias pessoas que produzem e vendem esse acessórios, a partir de moldes de barro. O modelo antigo de máscara de papangu de Sanja é aquele do “nariz-tijolo”, que lamentavelmente não foi fabricado para o carnaval deste ano, em proveito de inovações que incluíam focinhos, chifres, lobinhos e calombos. O preço mínimo para a máscara de papangu em Sanja foi de R$ 3,00 (modelos mais simples), mas em alguns casos chegou a R$ 10,00.
Nosso apelo é para que os artesãos de máscaras de papangu voltem a produzir os velhos modelos, executadas juntamente com os modelos inovadores, a fim de que a nossa tradição possa se perpetuar sem descaracterizar-se. Nosso apelo é para que os papangus de Sanja deixem de usar máscaras industrializadas de plástico e borracha. Nosso apelo é para que se instituam premiações para as melhores máscaras e os melhores papangus (somente as máscaras artesanais), com o intuito de fomentar uma maior participação no Zé Pereira.
Na imagem de cima, máscara de papangu em papel machê criada por André de Zé do Barraco; embaixo, máscara de papangu em papel machê produzida por João Zacarias (Bebel)
 
(Fotos: JQ)


Escrito por Quintino Medeiros às 15h04

FONTE: Escrito por João Quintino para seu Blog http://sabugilandia3.zip.net/ , acessado em 16/02/2013, às  16h 45min.

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