Relatório acerca do documentário Charles Darwin: A Voz da Evolução, como avaliação dos conhecimentos adquiridos por ocasião da exibição do referido filme, durante a terceira unidade do semestre letivo 2009.1, na disciplina de Medicina Preventiva do Curso de Medicina – FACS/UERN – sob a orientação do Prof. MS. Paulo Alfredo Simonetti Gomes.
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I – Temática
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O documentário versa sobre obra e vida de Charles Darwin e tem como auge o desenvolvimento de sua teoria de A Origem das Espécies, através da qual lançara as bases da biologia moderna!
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II – Informações Apreendidas
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Em suas “entrelinhas”, transmite a importância de não se deixar abater diante das dificuldades: primeiro na figura do pai (que sempre o “empurrou” para ingressar numa universidade e ter uma profissão); seguido de sua decisão de integrar a tripulação do Beagle, onde teve de superar as saudades de casa, da família, amigos, hábitos; como, também, suportara as sensações nauseantes provocadas pelo vai-vem das ondas e as más acomodações (a arquitetura dos cômodos da nau eram subdimensionadas em relação ao seu porte).
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Há pontos interessantes no documentário que assinalam a importância de superarmos os desafios que encontramos vida a fora: era o quinto de seis irmãos, filho de um bem sucedido médico de interior que subestimava as inclinações de Charles pelas plantas, considerando-o um fracasso acadêmico.
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Aos 9 anos, mudou-se de Maer para Shrewsbury, em cuja Escola era freqüentemente rejeitado. Aos dezesseis anos, esforçando-se para agradar ao pai, Darwin iniciou os estudos de medicina na Universidade de Edinburgh e, posteriormente, dedicou-se à Teologia, em Cambridge; contudo, não estava destinado a ser médico ou pastor. Destacou-se, em ambas as universidades, em estudos em ciências naturais, a pesar de nunca ter se matriculado oficialmente nessa área.
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Ao regressar de uma expedição geológica pelo Norte do País de Gales, recebeu uma carta de seu professor de botânica em Cambridge, John S. Henslow, informando-lhe que o recomendara como a pessoa mais qualificada ao cargo de naturalista na expedição do Beagle. Inicialmente, seu pai se opôs ao plano, mas acabou cedendo, pois enxergou naquela oportunidade a grande chance de Charles crescer profissionalmente.
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Não se podem perder as oportunidades de crescimento: O projeto ofereceu a Darwin uma chance de explorar algumas das regiões mais selvagens do mundo, um verdadeiro paraíso para um naturalista permitiu-lhe estudar desde propriedades geológicas de ilhas e continentes a uma multiplicidade de organismos e fósseis das mais diversas localidades. Em todos os lugares pelos quais passou (América do Sul, Cabo Verde, Nova Zelândia, Brasil, Galápagos), Charles Darwin coletou espécimes locais, dentre os quais, um grande número de organismos até então desconhecidos pela ciência para futuramente fossem estudados e minuciosamente analisados e enviou-os à Inglaterra, juntamente com cartas para Henslow que despertaram grande interesse nos meios científicos.
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Na verdade, seu avô, Erasmus Darwin, fora também cientista e autor de algumas breves concepções evolucionistas que de certa forma anteciparam teorias posteriores. E Charles mantinha um apaixonado interesse pela natureza, especialmente por botânica e entomologia, dedicando-se à coleta e ao estudo de certos espécimes de plantas e insetos.
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Nossos pensamentos e idéias não podem ser negligenciados e/ou sufocados por qualquer opositor/censor que venha discordar, mas, sim, debatidas a fim de alcançarmos um consenso: casado com uma cristã fervorosa, Emma Wedgwood, Darwin trabalhou sobre as observações feitas a bordo do Beagle durante toda década de 1840 e, aos poucos começou a concluir que as espécies deveriam dividir um único ancestral comum. Charles postergara a apresentação/publicação de seu trabalho em respeito à cristandade da esposa e por receio das consequências de seus estudos (uma revolução científica àquela época) até que Alfred Russel Wallace, um naturalista residente nas Índias Orientais, enviou-lhe, em 1858, o resultado de seus estudos contendo as bases principais para a teoria da seleção natural, Darwin organizou e reuniu seus escritos e apresentou-os à Linnean Society no primeiro dia de julho de 1858. Os trabalhos de ambos os naturalistas foram lidos simultaneamente, mas nenhum dos dois estava presente na ocasião.
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A Origem das Espécies, o grande trabalho de Darwin, surgiu no ano seguinte, e foi veementemente criticado por não dar suporte à versão da criação encontrada no Gênesis.
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O trabalho darwiniano amadureceu a evolução em uma sólida teoria científica, capaz de resistir aos duros ataques religiosos ou pseudocientíficos. No entanto, mesmo Darwin não explicitou inicialmente que a teoria da evolução se aplicava aos seres humanos, embora isso fosse fácil de deduzir. "Eu acredito que devo evitar este assunto", escrevia Darwin, em 1857, sabia que seu desafio à doutrina bíblica causaria reações indesejáveis entre seus familiares e amigos.
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Seria bem mais cômodo sucumbir-se aos desejos paternos e ter uma vida tranqüila, herdando fama e fortuna de seu genitor, já que era filho de um médico respeitável e nobre proprietário de terras. Mesmo assim, Darwin resistiu às idéias de tornar-se médico ou clérigo e acabou por mudar a história da ciência e transformar o mundo de forma irreversível.
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III – Relação com a Disciplina
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Se os escritos do cientista tiveram uma profunda influência, também, fora do campo das ciências naturais, e chamaram a atenção da ciência para a inexplorada dimensão da psicologia humana, tanto que Sigmund Freud baseou suas explorações do inconsciente nos princípios levantados por Charles Darwin (segundo relata Luiz Carlos Damasceno, 2004; www.biociência.org), também devem ser úteis a outras áreas científicas e por que não à Medicina Preventiva?
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Em medicina, devemos estar sempre atentos a observações (sinais, sintomas, alterações anatomo-fisio-patológicas apresentadas pelos pacientes) e não as desprezar.
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Muitas vezes chegaremos a envolvermo-nos em situações de risco para ajudar o próximo ou o paciente, no entanto, não deveremos negligenciar o risco de contrairmos o mal do qual queremos curar o paciente: Charles Darwin morreu em Down, Kent, Inglaterra, em 19 de abril de 1882. Sofria do Mal de Chagas, o qual contraíra em sua passagem pela América do Sul e fora a causa da fragilidade acometeu sua saúde até o fim da vida.
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Explicando o que lhe levara a obter tamanho sucesso em seu campo, Charles Robert Darwin escreveu, com toda a propriedade: "(...) o amor pela ciência, disposição para refletir pacientemente sobre qualquer tema, cuidado na observação e coleta de fatos, e uma razoável parcela de inventividade e bom senso”. Assim também é a Medicina Preventiva: Requer atitude, dedicação, observação, reflexão, coleta de dados (Epidemiologia) e bom senso!
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PIRINI MORAIS
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