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Clara Camarão. A índia brasileira que liderou um grupo de nativas na luta contra os holandeses durante a colonização dará nome à minirrefinaria do Rio Grande do Norte, a ser oficializada nos próximos dias. A unidade de refino potiguar será a primeira no Brasil a ser batizada com o nome de uma mulher.
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O nome foi definido na manhã desta quarta-feira (10), por sugestão da governadora Wilma de Faria. Trata-se de uma homenagem ao povo do estado e à primeira heroína brasileira. Índia brasileira nascida no início do século 17, possivelmente da nação dos Potiguara, Clara foi catequizada por padres jesuítas na aldeia de Igapó.
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Casou-se com o chefe da tribo Poti, batizado como Felipe e junto a ele
adotou o sobrenome Camarão, tradução exata do nome Poti. É considerada uma das precursoras do feminismo no Brasil. Ela comandou um batalhão feminino que teve atuação decisiva na batalha ocorrida na cidade de Porto Calvo em 1637.
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Felipe Camarão era o nome de branco dado para o índio Poti, da tribo Potiguar que habitava o Rio Grande do Norte. Nasceu no séxulo XVII em Igapó, Natal, e recebeu esse nome para homenagear Dom Felipe II. Além disso, Poti na língua indígena significa Camarão.
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O índio foi um dos heróis das Batalhas dos Guararapes, que determinaram o fim do domínio holandês no Nordeste Brasileiro. As batalhas ocorreram no Monte Guararapes, onde hoje está localizado o bairro de Jaboatão dos Guararapes, na região metropolitana do Recife. Junto com o índio Poti, são considerados heróis das batalhas o negro filho de escravos Henrique Dias, e o português Antônio Dias Cardoso.
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Conta a história que os holandeses se encontravam sitiados em Olinda sem
ter o que comer e obrigados a avançar para o litoral. A primeira aldeia era
Tejecupapo, onde viviam no máximo duzentas pessoas.
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Buscando deter os estrangeiros, todos os homens da aldeia fizeram uma barricada na estrada e por serem em número muito inferior, foram totalmente liquidados. Ao chegar na aldeia, eis que os holandeses encontram um grupo organizado de mulheres guerreiras lideradas por Clara Camarão e são por elas derrotados.
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A refinaria do RN se chamará Clara Camarão em homenagem à índia brasileira que, no patriarcal e machista século XVII, tornou-se uma liderança na batalha contra os holandeses, constituindo-se na PRIMEIRA HEROÍNA Potiguar, quiçá brasileira!
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FONTE: www.nominuto.com
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