domingo, 8 de agosto de 2010
Infecção generalizada mata seis vezes mais que acidentes de trânsito
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No Brasil, as mortes por sepse - termo médico para infecção generalizada - superam em seis vezes as vítimas do trânsito. Anualmente, 220 mil pessoas morrem da doença, uma reação exacerbada do organismo à infecção, enquanto acidentes entre veículos mataram 34,5 mil em 2008, de acordo com a última estatística disponível no Sistema de Informações de Mortalidade do Ministério da Saúde.
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A comparação entre os dados foi feita pela Sotierj (Sociedade de Terapia Intensiva do Estado do Rio de Janeiro), que pela primeira vez promove um congresso dedicado ao tema. O encontro termina neste sábado (31). Moyzes Damasceno, coordenador de terapia intensiva do Hospital de Clínicas de Niterói e presidente da Sotierj, que critica a formação oferecida pelas faculdades de medicina.
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O assunto preocupa porque há uma deficiência muito grande no ensino da medicina. A terapia intensiva, especialidade dos médicos que atuam em UTIs, não faz parte da grade curricular das faculdades.
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Pesquisa do Ilas (Instituto Latino-Americano da Sepse), realizada com 917 médicos de 21 hospitais brasileiros, mostrou que apenas 27% sabem reconhecer a doença, provocada por uma reação do organismo a uma infecção - as toxinas liberadas pelo sistema imunológico para combater bactérias ou vírus são tão potentes que acabam atacando também órgãos vitais como rins, coração, pulmão e cérebro.
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Desde 2005, o Ilas encabeça no Brasil a campanha mundial Sobrevivendo à Sepse. Faz parte do trabalho arregimentar centros médicos, que têm seus funcionários treinados e passam a abastecer o Ilas com dados sobre a doença.
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Segundo o último relatório da instituição, de abril, 48,7% dos pacientes com sepse grave e 65,5% dos com choque séptico morrem no Brasil. No mundo, essas taxas estão em 23,9% e 37,4%, respectivamente.
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FONTE: Agência Estado
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