Novas regras entram em vigor em janeiro
Assembleia, plateia, ideia, panaceia, Coreia, colmeia, boia, paranoia, jiboia, apoio, heroico, paranoico, enjoo, voo, coroo, perdoo, coo, moo, abençoo, povoo, creem, deem, leem, veem, descreem, releem, reveem, eloquência, tranquilo, feiura, autorretrato, antissocial, suprarrenal, ultrassonografia, autoajuda, autoescola, contraindicação, semiaberto, semiárido, mandachuva, paraquedas, paralama e micro-ondas.
Não, as palavras acima não estão grafadas incorretamente, ou pelo menos não estarão a partir de 1º de janeiro de 2009. É que, na data, entrarão em vigor as regras do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. O acordo foi assinado em Lisboa, em dezembro de 1990, passou pelo Congresso Nacional que o aprovou por meio de decreto em 95, mas só no último final de semana foi assinado pelo presidente Lula. A partir de janeiro próximo, começa a correr o prazo para seja consolidado até dezembro de 2012.
O acordo - que visa unificar o registro escrito do português nos oito países que falam o idioma: Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Timor Leste, Brasil e Portugal - reduz o uso do trema; elimina o uso do acento agudo nos ditongos abertos "ei" e "oi" de palavras paroxítonas (como em "assembléia" e "idéia"); acaba com o uso do acento diferencial de palavras como pára (do verbo parar) e para (preposição); e incorpora as letras "k", "w" e "y" ao alfabeto, entre outras alterações.
O decreto de implementação do acordo ( nº 6.586/08) foi assinado por Lula na Academia Brasileira de Letras (ABL), em sessão solene pela passagem dos 100 anos da morte do escritor Joaquim Maria Machado de Assis, primeiro presidente e símbolo maior da instituição. Em 2009, os livros escolares, distribuídos pelo Ministério da Educação à rede pública de ensino de todo o país, serão autorizados a circular tanto na atual, quanto na nova ortografia. A partir de 2010, deverão ser editados somente na nova ortografia, excetuadas a circulação das reposições e complementações de programas em curso.
O texto do acordo ortográfico foi assinado pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) em 16 de dezembro de 1990. A norma deveria entrar em vigor quatro anos depois, mas algumas nações não conseguiram ratificá-lo a tempo. A expectativa é que as mudanças alterem entre 0,5% e 2% do vocabulário atual.
Para conferir o texto do acordo clique em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Decreto/D6583.htm .
(Agência Senado e Assessoria)
domingo, 28 de dezembro de 2008
Ortografia
Novas regras entram em vigor em janeiro
Assembleia, plateia, ideia, panaceia, Coreia, colmeia, boia, paranoia, jiboia, apoio, heroico, paranoico, enjoo, voo, coroo, perdoo, coo, moo, abençoo, povoo, creem, deem, leem, veem, descreem, releem, reveem, eloquência, tranquilo, feiura, autorretrato, antissocial, suprarrenal, ultrassonografia, autoajuda, autoescola, contraindicação, semiaberto, semiárido, mandachuva, paraquedas, paralama e micro-ondas.
Não, as palavras acima não estão grafadas incorretamente, ou pelo menos não estarão a partir de 1º de janeiro de 2009. É que, na data, entrarão em vigor as regras do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. O acordo foi assinado em Lisboa, em dezembro de 1990, passou pelo Congresso Nacional que o aprovou por meio de decreto em 95, mas só no último final de semana foi assinado pelo presidente Lula. A partir de janeiro próximo, começa a correr o prazo para seja consolidado até dezembro de 2012.
O acordo - que visa unificar o registro escrito do português nos oito países que falam o idioma: Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Timor Leste, Brasil e Portugal - reduz o uso do trema; elimina o uso do acento agudo nos ditongos abertos "ei" e "oi" de palavras paroxítonas (como em "assembléia" e "idéia"); acaba com o uso do acento diferencial de palavras como pára (do verbo parar) e para (preposição); e incorpora as letras "k", "w" e "y" ao alfabeto, entre outras alterações.
O decreto de implementação do acordo ( nº 6.586/08) foi assinado por Lula na Academia Brasileira de Letras (ABL), em sessão solene pela passagem dos 100 anos da morte do escritor Joaquim Maria Machado de Assis, primeiro presidente e símbolo maior da instituição. Em 2009, os livros escolares, distribuídos pelo Ministério da Educação à rede pública de ensino de todo o país, serão autorizados a circular tanto na atual, quanto na nova ortografia. A partir de 2010, deverão ser editados somente na nova ortografia, excetuadas a circulação das reposições e complementações de programas em curso.
O texto do acordo ortográfico foi assinado pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) em 16 de dezembro de 1990. A norma deveria entrar em vigor quatro anos depois, mas algumas nações não conseguiram ratificá-lo a tempo. A expectativa é que as mudanças alterem entre 0,5% e 2% do vocabulário atual.
Para conferir o texto do acordo clique em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Decreto/D6583.htm .
(Agência Senado e Assessoria)
domingo, 21 de dezembro de 2008
Brasil República_Dândi Negro
História Potiguar
domingo, 14 de dezembro de 2008
O que significa pagamento de royalties?
O pagamento de royalties é uma compensação financeira a que estão obrigadas todas as empresas concessionárias que exploram recursos minerais, considerados bens públicos pela Constituição federal.
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Na exploração petrolífera, os royalties incidem sobre a produção mensal de cada campo produtor e são recolhidos mensalmente. O termo royalty, que significa "do rei", tem origem em taxas cobradas pela monarquia, na Inglaterra, sobre a caça feita em terras pertencentes à Coroa Britânica.
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Com a ampliação do uso da expressão, royalty passou a representar toda taxa paga pela realização de uma atividade econômica nas terras do Estado e, em sentido mais amplo, a compensação financeira para o detentor, público ou privado, de um direito.
Como é feita a distribuição dos recursos da exploração do petróleo?
A legislação brasileira determina que o pagamento de royalties pela exploração de petróleo e gás natural seja equivalente a 10% da produção, que são destinados para a União, os estados e os municípios.
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Em 2007, foram distribuídos cerca de R$ 7,5 , como royalties pela exploração de petróleo e gás natural, em poços terrestres e marítimos. Do total, cerca de 30% ficaram com os estados e outros 30% com municípios. Do restante, a Marinha recebeu 15%, o Ministério da Ciência e Tecnologia 12% e o Fundo Especial, utilizado por estados e municípios para investimentos em políticas públicas, cerca de 8%.
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No ano passado, dez estados receberam pagamentos de royalties do petróleo: Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, São Paulo e Sergipe.
Um por todos e todos por um
Uma frase que ouvimos pela primeira vez na infância e que normalmente nos marca por toda a vida.
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Os Três Mosqueteiros
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Na infância, uma história de aventura, mas que deixa uma marca: a união, a fidelidade.
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Passada no período moderno, no século XVII, à época do Cardeal Richelieu, a história de Alexandre Dumas retrata algumas das características mais marcantes da cultura medieval, ainda presente na França.
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A fidelidade é uma dessas características que o mundo moderno devorou das relações diretas, substituída pelo contrato escrito, pelo carimbo e pelo cartório. Mas mesmo assim é vista hoje como um valor positivo, algo a ser resgatado de alguma forma.
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Em 2009 o HISTORIANET completará 10 anos. Nesse período muitos "altos e baixos", mas em geral uma produção que contribuiu com milhares de professores e alunos em seu dia-a-dia escolar e de vestibular. Um por todos.
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Manter o site tem sido uma tarefa prazerosa, mas árdua, sem patrocínios ou ajuda oficial. Por isso algumas vezes solicitamos o apoio daqueles que admiram o trabalho. Nesse momento a melhor forma de apoiar é adquirir o livro História em Manchete, recentemente publicado. Mesmo que você não vá fazer o vestibular. Essa é uma forma de apoiar a manutenção do nosso trabalho, melhor do que simplesmente pedir doações. Todos por um.
domingo, 7 de dezembro de 2008
O Rato de Estimação...
O mouse está completando 40 anos, e criamos esta galeria mostrando a evolução dele.
- Primeiro protótipo
O mouse foi inventado em 1963, por Douglas Engelbart, do Instituto de Pesquisas de Stanford, após vários testes de usabilidade. Infelizmente, ele nunca recebeu direitos autorais em relação à sua invenção, já que a patente da mesma venceu antes da popularização do dispositivo.
O primeiro mouse é, basicamente, uma caixa de maneira com duas rodas internas perpendiculares. A rotação das rodas era traduzida na movimentação do ponteiro na tela.
- Mouse mecânico (mouse com 'bolinha')
O primeiro mouse mecânico foi criado em 1972, por Bill English (fabricante do mouse original de Engelbart). A idéia de English foi simplesmente substituir os discos por uma bola que poderia ser movida em qualquer direção num plano bidimensional (incluindo diagonais). Esta idéia foi a predominante nos mouses dos anos 80 e 90.
A principal desvantagem dos mouses mecânicos está justamente no fato de serem mecânicos, o que os torna sensíveis a certos tipos de superfícies. A poeira também atrapalha muito estes mouses em longo prazo, obrigando o usuário a abrir o dispositivo e fazer uma limpeza interna.
- Mouse Óptico
Os primeiros protótipos de mouses ópticos surgiram em 1980, mas foram prejudicados devido ao baixo processamento na época, pois o próprio processador dos computadores também tinha que calcular a movimentação dos mouses. Estes dispositivos só se popularizaram à medida que o processamento óptico se tornou mais barato.
Os mouses óticos emitem uma luz na superfície em que são utilizados juntamente com sensores que analisam mudanças na reflexão da luz - indicando que o mouse foi movido. O processamento que analisa estas mudanças (e conseqüentemente as traduzem no movimento do ponteiro no computador) é feito no próprio mouse. Este tipo de abordagem tecnológica apresenta duas vantagens em relação ao mouse mecânico: nenhuma parte do mouse óptico é mecânica (o que diminui - muito! - os problemas causados por poeira) e a precisão dos movimentos é maior.
- Mouse Laser
Os mouses laser usam exatamente o mesmo princípio dos mouses óticos, mas utilizam o raio laser infravermelho no lugar da luz para iluminar a superfície em que estão sendo usados. Mouses laser já podiam ser vistos em 1998, em máquinas da Sun Microsystems para ambientes corporativos, mas o primeiro mouse para ambientes domésticos com tecnologia laser só foi lançado em 2004 (Logitech MX 1000).
Como os mouses laser melhoraram ainda mais a precisão dos dispositivos, outra vantagem surgiu com a tecnologia: a mesma resolução dos mouses óticos pode ser alcançada em mouses laser, com menos energia elétrica.

- Roda de rolagem
Com a evolução dos computadores e dos sistemas operacionais, é claro que os mouses também ganhariam mais funcionalidades - através de mais botões. Mas a grande evolução neste setor foi a roda de rolagem, vista pela primeira vez em 1995 - embora só tenha ficado popular quando a Microsoft lançou seu 1º mouse com roda de rolagem, em 1996.
Em 2003, a roda de rolagem evoluiu ainda mais, através da tecnologia Tilt Wheel, também da Microsoft. Basicamente, ela permite rolagem de textos na horizontal e na vertical.
- Mouse giroscópio
Pelo visto, o futuro dos mouses será longe das mesas, mas perto das mãos.... A empresa Gyration já tem mouses com sensores giroscópios, para que o usuário não precise ficar 'colado' na mesa para usar seu computador. O conceito é o mesmo visto no esquema de controles do videogame Nintendo Wii - de fato, a Gyration foi a responsável pela tecnologia e criou o primeiro protótipo do controle, em 2001. O Pré-sal e os Brasileiros...
Senado discute uso de recursos do pré-sal
Saúde, educação, previdência social, infra-estrutura, segurança, meio ambiente, pesca artesanal são as principais áreas que poderão receber recursos da exploração de petróleo da chamada região do pré-sal.
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A preferência por esses investimentos foi definida no Senado, a partir da mobilização e dos debates sobre a destinação dos recursos a serem arrecadados com a descoberta de novas jazidas de petróleo no país. Eles viriam do chamado royalty, uma taxação, um percentual sobre o valor da produção.
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Com a exploração da região do pré-sal - localizada na área oceânica ao longo da costa que vai dos estados de Santa Catarina ao Espírito Santo - a perspectiva é que, em poucos anos, o Brasil duplique a produção nacional de petróleo e gás natural.
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Entenda a questão e ao final, confira as propostas do Senado para a área, na semana em que se comemora o Dia do Petróleo Brasileiro.
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Os principais projetos para a distribuição dos recursos
Para dar agilidade às propostas de destinação dos recursos do pré-sal, o senador Expedito Júnior (PR-RO) defendeu que as discussões e votações sejam feitas em bloco e não de forma individual. Confira, a seguir, os principais projetos em discussão:
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- PLS 222/04 - Sérgio Cabral - Determina critérios de distribuição de royalties e participação especial pagos sobre acréscimos de produção e exploração de gás natural e de petróleo.
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- PLS 293/04 - Gerson Camata - Destina parcela de recursos de royalties sobre produção em alto mar para pesca artesanal e muda percentual de distribuição para as demais.
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- PLS 166/07 - João Vicente Claudino - Muda percentuais de distribuição de royalties de petróleo e gás natural, enfatizando as transferências para estados e municípios.
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- PLS 630/07 - Magno Malta - Determina que parte dos royalties sobre a produção de petróleo e gás natural seja direcionada para investimentos em segurança pública.
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- PLS 08/08 - Cristovam Buarque - Aumenta de 10% para 15% a parcela da produção a ser transferida como royalties e cria o royalty verde, para a conservação da Foresta Amazônica.
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- PLS 29/08 - Antonio Carlos Valadares - Destina parcela de recursos de royalties para investimentos em infra-estrutura.
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- PLS 104/08 - Aloizio Mercadante - Destina parcela de recursos de royalties de exploração em alto mar para custeio da Previdência Social.
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-PLS 116/08 - Cristovam Buarque - Prevê que royalties pagos a estados e municípios sejam aplicados exclusivamente em educação de base e em ciência e tecnologia.
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- PLS 189/08 - Expedito Júnior - Determina a aplicação em saúde de parte dos royalties direcionados ao Fundo Especial.
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- PLS 201/08 - Augusto Botelho - Prevê que recursos de royalties sejam aplicados em educação, saúde e infra-estrutura.
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- PLS 224/08 - João Pedro - Cria regras específicas para royalties de petróleo extraído na camada pré-sal, com destinação prioritária à educação, previdência social e Forças Armadas.
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- PLS 268/08 - Tasso Jereissati e Cristovam Buarque - Cria o Fundo Nacional do Petróleo para Formação de Poupança e Desenvolvimento da Educação Básica (Funped) e altera distribuição de royalties e participação especial prevendo destinação de recursos ao fundo.
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- PLS 279/08 - Ideli Salvatti - Altera critérios para localização de municípios/estados confrontantes a poços e altera distribuição de royalties, destinando recursos à educação básica e à Previdência.
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- PLS 335/08 - Francisco Dornelles - Destina royalties ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos Profissionais de Educação (Fundeb).
O que é a camada Pré-sal?
Pré-sal é uma camada de sedimentos, que deram origem ao petróleo e ao gás, que fica abaixo da camada de sal localizada entre 7 e 8 mil metros abaixo do leito do mar.
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O surgimento do pré-sal, segundo os estudos geológicos, se deu a partir da formação de uma camada de sal que cobriu organismos microscópicos sedimentares que se depositaram no mar primordial, formado pelo afastamento dos continentes sul americano e africano.
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A decomposição e reação química dos microorganismos, depois de milhares de anos, é que criaram as reservas de petróleo.
Infecção Hospitalar
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
Prêmio
Selo UNICEF...
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O Prof. Ms. JOÃO QUINTINO (UFRN) dá testemunho em seu blog, SABUGI BY JQ, do porquê que SJS NÃO PODE PARAR:
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"Dos 167 municípios potiguares, 40 ganharam o "Selo Unicef: Município Aprovado - Edição 2008", sendo que 15 deles estão na região do Seridó, inclusive São João do Sabugi. O reconhecimento nacional e a certificação pelo Unicef - órgão da ONU que trata das questões referentes à criança e ao adolescente, foi anunciado em Recife, no dia de ontem, pela representante da instituição no Brasil, Marie-Pierre Poirier, na presença do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ministros, governadores, prefeitos, articuladores do projeto, entre outros. "
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(...)
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"Os municípios seridoenses aprovados com o Selo Unicef foram Acari, Bodó, Cruzeta, Currais Novos, Equador, Ipueira, Jardim do Seridó, Jucurutu, Lagoa Nova, Parelhas, Santana do Seridó, São João do Sabugi, São Vicente, Serra Negra do Norte e Tenente Laurentino Cruz.
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(...)
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By JQ
in http://sabugibyjq.zip.net
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Problemas com a Atualização!!!
domingo, 19 de outubro de 2008
Cosméticos com Fatores de Crescimento
Uma Nova Perspectiva para Cosméticos Funcionais de Alta Eficiência
Baseado em um trabalho de Stanley Cohen, ganhador do prêmio Nobel, que descobriu o Epidermal Growth Factor (EGF), Fator de Crescimento Epidermal, um hormônio humano de crescimento que acelera o processo de cura de ferimentos cutâneos, uma empresa norte-americana, Révive, desenvolveu produtos anti-aging, dando início a uma nova era no tratamento das peles envelhecidas.
Fatores de Crescimento
São proteínas que se ligam aos receptores da superfície celular, ativando a proliferação e/ou diferenciação celular. Muitos fatores de crescimento são versáteis, estimulando a divisão celular em diferentes tipos de células, enquanto outros são específicos para um tipo celular particular.2 A ligação aos receptores presentes na superfície da célula alvo emite um sinal que atravessa a membrana citoplasmática e efetua um comando celular ou nuclear. Esses processos, muitas vezes, são básicos no funcionamento da célula, tais como: angiogênese, mitogênese, transcrição genética, entre outros.
Exemplos de Fatores de Crescimento
EGF - Fator de crescimento epidérmico
IGF - Fator de crescimento semelhante à insulina
FGF - Fator de crescimento de fibroblastos
TGF - Fator de crescimento transformador
VEGF - Fator de crescimento endotelial venoso
Método de Obtenção dos Fatores de Crescimento
I – Produção de proteínas recombinantes
Os fatores de crescimento e seus peptídeos similares são obtidos através da engenharia genética, uma técnica que emprega genes em processos produtivos, com a finalidade de se obter produtos úteis ao homem e ao meio ambiente.
II – Síntese dos peptídeos mimetizadores de fatores de crescimento
O efeito dos peptídeos mimetizadores de fatores de crescimento produzidos pela Caregen é similar ao de seus fatores de crescimento intactos, ou naturalmente existentes no corpo humano.
III – Nanoencapsulação
Os fatores de crescimento nanoencapsulados apresentam taxa de penetração melhorada na pele e ficam protegidos das proteases endógenas.3
Uso de Fatores de Crescimento em Cosmetologia - Evidências Científicas:
Envelhecimento Cutâneo
Mistura de múltiplos fatores de crescimento promove melhora clínica em mais de 78% dos pacientes
Um estudo realizado por Fitzpatrick avaliou os efeitos da aplicação tópica de fatores de crescimento na cura de ferimentos e seus potenciais usos em tratar a pele com fotodano, aplicando topicamente uma mistura de múltiplos fatores de crescimento, derivados de fibroblastos humanos, em 14 pacientes, 2 vezes ao dia.
Resultado Pacientes (%)
Melhora clínica ---------------------------------------------- 78,6
Aumento da nova formação de colágeno --------------------- 37,0
Aumento da espessura epidermal --------------------------- 27,0
Os dados demonstram resultados cosméticos e clínicos positivos da aplicação tópica de fatores de crescimento para o tratamento de peles fotodanificadas.
Dermatol Surg. 2005 Jul;31(7 Pt 2):827-31; discussion 831.
Cura de Ferimentos
EGF é um potente estimulador da epitelização
A eficácia do Epidermal Growth Factor (EGF) na epitelização e na cura de ferimentos foi demonstrada em um estudo realizado em modelos animais, avaliando porcos com ferimentos tratados ou não com aplicação tópica de EGF ou placebo, 2 vezes ao dia. Segundo os resultados do estudo, os ferimentos tratados com EGF apresentaram tempo de reepitelização acelerado.4
Int Wound J. 2006 Jun;3(2):123-30.
rhEGF promove aumento significativo do fechamento dos ferimentos cutâneos
A aplicação de rhEGF, recombinant human Epidermal Growth Factor, em ferimentos de ratos, 2 vezes ao dia, durante 14 dias, promoveu um aumento significativo do fechamento do ferimento, a partir do 5° ao 12° dia, comparado com um grupo controle. Esse tratamento promoveu a cura dos ferimentos por aumentar a taxa de proliferação epidermal e a aceleração do nível de contração do ferimento relacionado com a proliferação de miofibroblastos e de deposição de colágeno.
J Vet Sci. 2006 Jun;7(2):105-9.
IGF-1 aumenta a cicatrização de úlceras cutâneas
Beckert et al. realizaram um estudo em modelos animais avaliando os efeitos da aplicação tópica diária de IGF-1 (Insulin-Like Growth Factor I) na cicatrização de úlcera cutânea. De acordo com os resultados, a aplicação repetida de IGF-1 aumenta a cicatrização de úlceras cutâneas.6
J Surg Res. 2007 May 15;139(2):217-21. Epub 2006 Oct 27.
rbFGF acelera a cura das feridas crônicas
Segundo os resultados do estudo realizado por Fu et al., a aplicação do tratamento tópico com rbFGF (recombinant bovine basic Fibroblast Growth Factor) em pacientes com ferimentos cutâneos crônicos demonstrou uma taxa de efetividade do tratamento de 90% em 4 semanas.7
Chin Med J (Engl). 2002 Mar;115(3):331-5.
Estímulo do Crescimento Capilar
IGF-I apresenta importante papel no crescimento capilar
De acordo com um estudo realizado por Weger et al., o IGF-I (Insulin-like Growth Factor-I) afeta a proliferação celular, a remodelagem tecidual e o ciclo de crescimento capilar, bem como a diferenciação folicular.9
J Invest Dermatol. 2006 Sep;126(9):2135; author reply 2135-6.

Resultados de Estudos Realizados por Caregen, Coréia do Sul
CG-EGF-1(Epidermal Growth Factor)
Promove a geração de novas células epidermais, reduz e previne a formação de linhas e rugas.
Mudança da morfologia celular após incubação com EGF (Caregen)

CG-IGF-1(Insulin-like Growth Factor) Reduz e previne linhas e rugas através da ativação da geração de novas células cutâneas.3 Resultados de ensaio de crescimento celular com os fibroblastos do rato NIH3T3 72 horas após tratamento com IGF-1
Analisando os dados científicos e os testes realizados, podemos concluir que o uso de fatores de crescimento para o reparo tecidual, redução de sinais de envelhecimento e estímulo do crescimento capilar, é uma forte tendência a ser explorada nos cosméticos. A chegada dos produtos e dos ativos baseados nos fatores de crescimento para o Brasil vai implementar um novo momento na história da cosmetologia e dos cosméticos funcionais.
Prof. Maurício Gaspari Pupo
Coordenador da Pós-Graduação com MBA em Cosmetologia das Faculdades Unicastelo de São Paulo e Metrocamp de Campinas. Consultor da Consulfarma, Editor da Revista “In Cosmeto” e Diretor da ADA TINA® Cosméticos.
Referências Bibliográficas
1.) RéVive. Disponível em: http://www.reviveskincare.com/. Acessado em: 10/04/2008.
2.) Growth factors and Cytokines. Disponível em:http://themedicalbiochemistrypage.org/growth-factors.html. Acessado em: 10/04/2008.
3.) Caragen, Coréia do Sul.
4.) Hong JP, Kim YW, Jung HD, Jung KI. The effect of various concentrations of human recombinant epidermal growth factor on split-thickness skin wounds. Int Wound J. 2006 Jun;3(2):123-30.
5.) Kwon YB, Kim HW, Roh DH, Yoon SY, Baek RM, Kim JY, Kweon H, Lee KG, Park YH, Lee JH. Topical application of epidermal growth factor accelerates wound healing by myofibroblast proliferation and collagen synthesis in rat. J Vet Sci. 2006 Jun;7(2):105-9.
6.) Beckert S, Haack S, Hierlemann H, Farrahi F, Mayer P, Königsrainer A, Coerper S. Stimulation of steroid-suppressed cutaneous healing by repeated topical application of IGF-I: different mechanisms of action based upon the mode of IGF-I delivery. J Surg Res. 2007 May 15;139(2):217-21. Epub 2006 Oct 27.
7.) Fu X, Shen Z, Guo Z, Zhang M, Sheng Z. Healing of chronic cutaneous wounds by topical treatment with basic fibroblast growth factor. Chin Med J (Engl). 2002 Mar;115(3):331-5.
8.) Fitzpatrick RE. Endogenous growth factors as cosmeceuticals. Dermatol Surg. 2005 Jul;31(7 Pt 2):827-31; discussion 831.
9.) Weger N, Schlake T. Igf-I signalling controls the hair growth cycle and the differentiation of hair shafts. J Invest Dermatol. 2006 Sep;126(9):2135; author reply 2135-6.
domingo, 12 de outubro de 2008
Loção Lipex Super Hidratante
Esta formulação de Loção Hidratante foi pinçada do site do Prof. Maurício Pupo.
Modo de preparo
• Em recipiente limpo e com capacidade adequada, adicionar os componentes da fase 1 e aquecer a 75ºC.
• Em recipiente limpo e com capacidade adequada, adicionar os componentes da fase 2 e aquecer a 75ºC.
• Verter a fase 1 sobre a fase 2 sobre agitação constante.
• Adicionar os componentes da fase 3.
• Resfriar o sistema e completar o volume com água destilada.
domingo, 5 de outubro de 2008
EUA - Estado fora da Lei
Ali: Parece que o público norte-americano finalmente descobriu, depois de 60 anos, a existência do Paquistão. O general Musharraf é sincero quando afirma querer reconstituir a democracia em seu país? Concretamente, por que os Estados Unidos confiam em Musharraf mais do que em outros rivais potenciais, como Bhutto e Zardari, do PPP, Nawaaz Sharif, etc., em sua guerra contra o terrorismo e sua busca e captura de Bin Laden?
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Chomsky: Não devemos perder tempo valorando as intenções de Musharraf de reconstituir a democracia. Os Estados Unidos apoiaram-no tanto tempo quanto possível, do mesmo modo que apoiaram outros tiranos, como Zia ul-Haq. A escolha de um determinado aliado é feita seguindo um critério muito simples: trata-se de buscar o satélite mais leal, aquele que mais nos garanta que vai obedecer ordens. Apesar de alguma exceção ocasional, a uniformidade é impressionante.
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Ali: Recentemente, um relatório dos serviços secretos dos EUA afirmava que o Irã tinha finalizado com sucesso um programa de armas nucleares há quatro anos. O Irã afirma que, na verdade, nunca teve um programa deste tipo. Contudo, o presidente Bush, o presidente israelense Olmert e altos cargos de Washington garantem que o Irã continua sendo uma grande ameaça e que persegue a obtenção de armas nucleares. São sustentáveis estas opiniões dos EUA e Israel? E se não são, qual é a razão da retórica de enfrentamento com o Irã, e de que modo favorece a política exterior dos EUA na região do Oriente Próximo?
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Chomsky: Estas afirmações deveriam ser avaliadas pela Agência Internacional de Energia Atômica. Eu, é claro, não tenho nenhum conhecimento especial. Não seria tão surpreendente que descobrissem que o Irã tem algum tipo de programa de armas nucleares, junto, talvez, com planos de emergência. As razões foram expostas por um dos mais importantes historiadores de Israel, Martin van Creveld, quando disse que o Irã estaria completamente louco se não desenvolvesse uma arma de dissuasão nuclear nas atuais circunstâncias: com as forças hostis de uma superpotência violenta em duas de suas fronteiras e uma potência regional hostil (Israel) que dispõe de centenas de armas nucleares clamando por uma mudança de regime no Irã. Contudo, as provas disponíveis indicam que se esse país já teve um programa assim, ele foi encerrado há alguns anos.
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Da perspectiva norte-americana, o Irã cometeu um grave crime em 1979. Como é sabido, em 1953, os Estados Unidos e o Reino Unido desmantelaram a democracia parlamentar iraniana e instalaram um brutal tirano, o Xá, que foi um baluarte do controle norte-americano na rica região petrolífera até 1979, quando foi deposto após um levantamento popular. Tratava-se de um caso bastante parecido ao da derrocada do ditador Batista em Cuba, em 1959, e de outros atos de desafio exitoso aos princípios de Washington, segundo o termo cunhado em seus documentos internos. O Padrinho não pode tolerar um desafio exitoso. É uma ameaça grande demais ao que chamam de estabilidade, ou seja, à obediência aos senhores.
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A independência iraniana não é um problema menor. Ameaça o controle norte-americano de um dos butins mais valiosos do mundo, o petróleo do Oriente Próximo. Como conseqüência, desde 1979 os Estados Unidos têm sido duramente hostis com o Irã. Washington respaldou o feroz e mortífero ataque de Sadam Hussein contra o Irã e, inclusive, uma vez terminada a guerra continuou apoiando esse aliado até o ponto de convidar engenheiros nucleares iraquianos para receberem formação avançada para o desenvolvimento de armas nucleares, em 1989. Mais tarde, promulgou graves sanções contra o Irã, ao mesmo tempo que lançava freqüentes ameaças de atacar esse país e derrocar seu governo.
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E assim até hoje. Atualmente, 15 de junho de 2008, a agência de notícias Reuters informa o seguinte: "Os analistas estimam que se forem oferecidas ao Irã garantias de segurança -uma idéia lançada pela Rússia - seria possível sair do ponto morto atual, considerando que estas garantias constituem o objetivo fundamental do Irã, dada a política de Bush de mudança de regime referente a esse país. Mas os Estados Unidos afirmaram, no mês passado, que as grandes potências não tinham planos de compromisso em matéria de segurança com Teerã."
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Em poucas palavras, os EUA insistem em manter sua atitude de Estado fora da lei, rejeitando os princípios fundamentais do Direito Internacional, entre outros a Carta das Nações Unidas, que proíbe o uso da força nos assuntos internacionais. Bush conta com o apoio dos dois principais candidatos presidenciais de 2008 e com o das elites dos EUA e da Europa, ainda que não com o da opinião pública norte-americana, que apóia com grande margem a diplomacia e opõe-se às ameaças de guerra. Mas a opinião pública é, em grande medida, irrelevante na hora de elaborar as políticas, e não apenas neste caso.
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A classe política, em toda sua amplitude e com raras exceções, está comprometida com a manutenção do controle norte-americano dos principais recursos energéticos do mundo, e com o castigo dos desafios exitosos. Por conseguinte, os EUA têm feito grandes esforços para mobilizar uma aliança contra o Irã entre os Estados sunitas da região, embora sem muito sucesso. As duas viagens de Bush para a Arábia Saudita, no início de 2008, foram, neste sentido, fracassos sem paliativos.
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A imprensa saudita, normalmente muito comedida com os visitantes importantes, condenou as políticas propostas por Bush e pela secretária de Estado, Condoleezza Rice, como "não uma diplomacia em busca da paz, mas uma loucura em busca da guerra." As monarquias do Golfo Pérsico não são amigas do Irã, mas aparentemente preferem acomodar-se e não entrar em confronto, o que constitui um duro golpe para as políticas norte-americanas. Washington está diante de problemas similares no Iraque e no Líbano. Em um segundo plano, existe uma preocupação mais profunda: que os países produtores de energia da região possam voltar-se para o Leste e, inclusive, que sigam o exemplo do Irã de estabelecer vínculos com a Organização de Cooperação de Shanghai (1), na qual a Índia, Paquistão e Irã participam como observadores, participação que foi negada a Washington.
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Ali: O conflito entre sunitas e xiitas tem se agravado sensivelmente nestes últimos anos, especialmente no Iraque, devido à crescente insurgência e à guerra civil desatada pela queda de Sadam Hussein e o vazio de poder que seguiu. O senhor acha que esse conflito sunita-xiita pode se estender para todo o Oriente Próximo. Em caso afirmativo, como isso ocorreria, especialmente em países como Iraque, Irã e Líbano e em relação à guerra contra o terrorismo? Vamos testemunhar mais atos terroristas, mais extremismo e mais antiamericanismo, ou será que este "divide e vencerás" pode ajudar as forças norte-americanas e as políticas estrangeiras a pacificarem a região?
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Chomsky: Segundo estudos sobre a opinião pública iraquiana, realizados pelo Pentágono, os conflitos sectários do Iraque não foram causados "pela queda de Sadam Hussein e o vazio de poder que seguiu", senão pela agressão norte-americana. Se você me permite citar o resumo, publicado pelo Washington Post, dos documentos do Pentágono publicados em dezembro de 2007, ele afirma: "Iraquianos de todos os grupos sectários e étnicos acreditam que a invasão militar norte-americana é a raiz primordial das violentas diferenças entre eles e consideram que a saída das forças de ocupação é fundamental para a reconciliação nacional."
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Como eu já disse, os Estados Unidos não tiveram muito sucesso em sua inspiração de um conflito regional entre sunitas e xiitas, mesmo que as tensões entre eles sejam bem reais e inquietantes. A invasão do Iraque potencializou os atos de terrorismo muito mais do que teria sido possível pensar de antemão, ao ponto de que algumas estimativas, como as realizadas pelos especialistas em terrorismo Peter Bergen e Paul Cruickshank após a análise de cifras semi-oficiais, chegam a considerar que se multiplicaram por sete. O que vai acontecer a seguir depende, em larga medida, de quais sejam as políticas norte-americanas, apesar de que também há muitos fatores internos próprios desta complexa região.
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Ali: No dia 20 de setembro de 2006, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, promoveu seu livro "Hegemony or Survival: America's Quest for Global Dominance" (2) na Assembléia Geral das Nações Unidas, e elogiou o senhor por demostrar que o maior perigo para a paz mundial, nestes momentos, são os Estados Unidos. Imediatamente, houve um grande alvoroço nos meios de comunicação. O senhor, por sua vez, recusou os pedidos de entrevistas porque, na sua opinião, os entrevistadores nem sequer haviam se incomodado em ler o livro e discutir seu conteúdo e estavam, em vez disso, à procura de sensacionalismo. Existe nos meios de comunicação norte-americanos um lugar para o jornalismo informativo e educativo e para a informação contrastada que não esteja tingida de sensacionalismo ou retórica promocional? O surgimento da Internet - os blogs, YouTube, os webzines, etc.- permite contrabalançar o que o senhor tem chamado de fabricação do consenso, consistente em que organismos poderosos, como as grandes corporações e o governo norte-americano, forneçam à mídia e ao público informação preparada, propaganda e meias-verdades adequadas?
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Chomsky: Se eu tivesse que me limitar a um único jornal, escolheria o New York Times, apesar de já ter escrito centenas de páginas nas quais documento em detalhe suas falsas representações, distorções e cruciais omissões à serviço do poder. E faria essa escolha por sua importância e recursos superiores aos demais. Aprende-se muito com uma leitura atenta e crítica dos meios de comunicação dominantes, apesar de que existem outras fontes também valiosas. A Internet permite ter acesso a uma grande variedade de informação, opinião e interpretação. Mas, como qualquer outra fonte, é útil só com a condição de que seja utilizada de um modo discriminado e reflexivo. Os melhores biólogos não são aqueles que leram mais publicações técnicas de seu âmbito, mas aqueles que dispõem de um marco de compreensão que lhes permite selecionar o que pode ser significativo, mesmo que de resto um determinado documento tenha pouco valor. Este mesmo tipo de discernimento é necessário no estudo dos assuntos humanos.
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Ali: Seus críticos - e há muitos deles - afirmam que sua retórica e ideologia parece um disco riscado: uma interminável ladainha e um monte de ataques repetitivos à política exterior norte-americana e às suas ações militares. Como o senhor responde aos críticos que afirmam que sua descrição da política exterior dos EUA é simplista e cínica? Os Estados Unidos são, realmente, um império do mal? Não existem casos em que a intervenção norte-americana ou a ajuda desse país tenha respondido a critérios altruístas, seguindo os ideais da Constituição?
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Chomsky: Este tipo de crítica de que você fala tem sido feita aos dissidentes de quase todas as sociedades na história da Humanidade, ou seja, não se deve dar a mínima para elas. Se os críticos têm argumentos e provas, vou estudá-los com prazer, neste âmbito assim como em qualquer outro. Quando o único que há são crises de birra do tipo que você menciona, podemos descartá-las como novos exemplos daquilo que o criador da teoria das relações internacionais realistas, Hans Morgenthau, chamou "nossa conformista obediência àqueles que têm o poder", referindo-se aos intelectuais norte-americanos - e aos ocidentais em geral -, apesar das eventuais excepções. Eu não respondo a estas acusações de que descrevo os Estados Unidos como um império do mal, porque esta acusação é uma montagem infantil feita por apologistas desesperados do poder estatal.
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De fato, costumo insistir em que os Estados Unidos são como qualquer outro sistema de poder. É verdade que esta afirmação é intolerável para nossos nacionalistas, que insistem no excepcionalismo dos EUA, assim como é para os líderes políticos e as classes intelectuais em outros Estados poderosos, passados e presentes, com muita freqüência. Quanto ao caráter genuinamente altruísta das nossas intervenções, é difícil encontrar exemplos no passado, tal como a pesquisa histórica demonstra, mesmo que, é claro, cada intervenção seja apresentada como altruísta por parte de seus perpetradores, por mais monstruosas que sejam. A imagem é mais ambígua no que se refere à ajuda, mas não muito diferente quando observamos em detalhe, e se ajusta também a um universal histórico, como eu tenho dito.
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Ali: Na sua opinião, o veto que a Universidade DePaul impôs à nomeação do professor Norman Finkelstein, devido à sua mordaz crítica e refutação do livro de Alan Dershowitz, "Case for Israel" é indicativa do clima de probidade e integridade intelectual nos Estados Unidos? Será que é um aviso aos acadêmicos e intelectuais que não se ajustam às consignas e questionam abertamente a ideologia que defendem os poderosos grupos de interesses e os lobbies? Ou será que é só um incidente isolado, que não tem outras implicações em relação ao ambiente intelectual pós 11 de setembro?
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Chomsky: O comportamento da Universidade DePaul ao rejeitar a recomendação dos professores para a nomeação de Finkelstein foi, sem dúvida, deplorável, mas este caso não pode ser generalizado. Tem características específicas, especialmente o papel do desesperado e fanático professor da Faculdade de Direito de Harvard, Alan Dershowitz. Finkelstein demonstrou com impecável rigor acadêmico que Dershowitz é um difamador, um mentiroso e um vulgar apologista dos crimes do Estado que defende. Em um primeiro momento, Dershowitz removeu céu e terra para impedir a publicação do escrito de Finkelstein; após fracassar nisso, lançou uma cruzada histérica para tentar suprimir seu conteúdo. Não é um idiota e sabe que não pode responder em termos de fatos e argumentos, ou seja que recorreu àquilo que é habitual nele: uma seqüência de ataques e insultos e uma extraordinária campanha de intimidação, à qual, finalmente, sucumbiu a direção da Universidade, aparentemente por temor a uma eventual mobilização de seus patrocinadores.
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Esta depravada atuação tem sido analisada com muito detalhe em publicações apropriadas, como Chronicle of Higher Education , e não vou me estender mais aqui.
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É verdade que há iniciativas importantes para impedir um debate honesto e independente dos assuntos do Oriente Próximo, especialmente os relativos a Israel. Não obstante, este é um caso especial, que não tem nenhuma relação com o ambiente intelectual posterior ao 11 de setembro.
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* Wajahat Ali é cidadão paquistanês e norte-americano, muçulmano, autor teatral, ensaísta, humorista e advogado, cuja obra "The Domestic Crusaders" (Os cruzados do interior) é a primeira obra teatral que trata dos muçulmanos norte-americanos no período posterior ao 11 de Setembro.
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Notas:
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(1) A Organização de Cooperação de Shanghai (OCS) é um organismo intergovernamental fundado em 14 de Junho de 2001 pela R.P. da China, Rússia, Kazaquistão, Kirguistão, Tadjiquistão e Uzbequistão, dedicado a assuntos de cooperação econômica, cultural e de segurança. (N. do T.)
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(2) Hegemonia ou sobrevivência : Estats Units a la recerca do domini global, Editorial Empuries, 2004 (em catalão); Hegemonia ou sobrevivência: a estratégia imperialista dos Estados Unidos, Edições B, 2005 (em espanhol).
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Tradução para o espanhol para Rebelión por S. Seguí
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Tradução para o Português: Naila Freitas/Verso Tradutores
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Texto de Carta Maior
Leia os fatos e a seguir, polemize:
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No dia 20 de maio de 2007, por volta das 21hs, no Aeroporto Internacional Augusto Severo, em Parnamirim/RN, Estela Taques, 21 anos, brasileira, solteira, estudante de Direito, filha de Jacob Eliseu Taques e Maria Loci Maciel, portadora da cédula de identidade nº 9.287.140.1-SSP/PR, CPF nº 052.558.799-32, foi presa em flagrante, após a interceptação feita por agentes tributários da Receita Federal e da Polícia Federal, por ocasião da realização de inspeção de rotina em bagagens desacompanhadas, mais especificamente naquelas provenientes do vôo 145 da Companhia Aérea TAP, oriundo de Lisboa/Portugal, pelo fato de conduzir, em bagagem identificada como sua, sacos, contendo comprimidos e substância vegetal com forte odor, cuja natureza entorpecente foi ratificada pelo Laudo Preliminar de Constatação (fls. 26/28 do IPL) e pelos Laudos de Exame em Material Vegetal nº 216/07-SR/RN (fls.61/63 do IPL) e em Substância nº 217/07 (fls. 64/67 do IPL). ------------------------------------------------------------------------------------------------ Droga apreendida: 4,660kg de maconha, 990g de derivado de maconha (haxixe) e 20 mil comprimidos de ecstasy, 18 micropontos de LSD. ------------------------------------------------------------------------------------------------ Uma carga avaliada em mais de um milhão de reais.Cotas para estudantes de escolas públicas - o caso da UFSC
No caso de medicina, por exemplo, não foi preciso acertar nem metade da prova para conseguir ser aprovado pelo sistema de cotas para negros de escolas públicas. O último aprovado pelas vagas universais conseguiu 81,04 pontos, contra 70,35 pontos conquistados pelo estudante de escola pública e 44,33 pontos do vestibulando negro e de escola pública.
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Sobre essa experiência da UFSC, o que você tem a comentar? Deixe a sua opinião. Participe.quarta-feira, 1 de outubro de 2008
Capital Estrangeiro no Ensino
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Capital estrangeiro e fusões de empresas aumentam no ensino superior
(Caso da UnP)
10/07/2008 16h15
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O processo de oligopolização no mercado do ensino superior brasileiro aumentou ainda mais nesta semana: a Anhanguera Educacional comprou mais uma instituição – o Centro de Ensino Superior de Rondonópolis. Com isso, o grupo chega a 140 mil estudantes e estende seus interesses por vários Estados. A informação foi dada no blog da jornalista Renata Cafardo, do jornal O Estado de S. Paulo. Segundo a matéria, além da Anhanguera, também a Estácio de Sá, uma tal de Kroton Educacional e o Sistema Educacional Brasileiro são alguns dos empreendimentos no ensino universitário que têm capitais abertos na bolsa de valores, foco de atenção de investidores estrangeiros.
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De acordo com Cafardo, só em 2008 já ocorreram 30 fusões, 63% mais que em todo o ano de 2007; e nada indica que o processo seja interrompido: um número muito grande de pequenas instituições, bem ou mal-sucedidas, não terá como resistir à guerra de preços e ao assédio publicitário dos conglomerados que se formaram no setor.
Notícias como essas têm aparecido com freqüência e dão conta de uma dinâmica de natureza econômica característica do perfil que o ensino superior ganhou no Brasil - um vasto mercado de commodities simbólicas que está cada vez mais distante dos compromissos que a Universidade deve ter. Afinal, os resultados estão aí para quem quiser ver: boa parte das escolas particulares apresentam resultados sofríveis em todos os quesitos com que são avaliadas: da formação profissional e acadêmica à produção científica. E não se diga que os professores podem, de alguma forma, ser responsabilizados por isso. Com toda a robustez financeira e material vivida pelas instituições, nossa categoria amarga difíceis condições de trabalho.
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Esse paradoxo (exuberância econômica versus baixa qualidade na formação dos alunos e precariedade do trabalho docente) é que precisa ser discutido por toda a sociedade, antes que o país perca a soberania que deve ter sobre um dos setores estratégicos de seu desenvolvimento
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Texto do site do SINPRO - SP