Meu Rincão

Minha terra não é de todos;
Apenas de quem a ama!
Minha terra não tem tudo;
Apenas o essencial!
Minha terra não tem pressa;
Mas, às vezes, corre!
Minha terra não é grande;
Apenas suficiente!
Minha terra é rica:
Cultura, vanguarda, tradição...
Minha terra perfeita? É, não!
É quase humana, mãe!
É mutante:
Cinzenta , estorricada,
De repente, verde, encharcada!
É sensível, persistente, alegre...
Minha terra enche-me de saudade
Sua água revigora-me
É renovação!
São, do Sabugi,
João.

PR_SJS

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Carnaval 2013: FREEEEEVO... EU QUERO FREEEEVO... CAMINHÃO DO FREEEEEVO...






O Projeto CAMINHÃO DO FREVO foi inspirado numa brincadeira despretensiosa entre amigos sabugienses durante os folguedos sanjoaninos de 2012: “O Caminhão do Forró”.

Durante a “Festa de Junho 2012”, os amantes do Forró Pé de Serra resolveram mostrar que São João do Sabugi tem músicos e forró de qualidade e saíram pelas ruas da cidade tocando em cima do caminhão de Ivan Cavalcanti (Ivan de Odílio), daí “Caminhão do Forró”, sendo muito bem aceito pelos ouvintes.

Agora, tivemos a ideia de resgatar o orgulho em sermos a “TERRA POTIGUAR DO FREVO” através da versão momesca daquele sucesso junino, “O Caminhão do Frevo”: O mesmo caminhão de Ivan sairá pelas ruas, no sábado, dia 09/02/2013, com uma Mini-Orquestra.

E o CAMINHÃO DO FREVO esclareceu:

"O CAMINHÃO DO FREVO foi idealizado por amigos na tentativa de resgatar os carnavais com frevos e marchinhas antigas com autênticos músicos de nossa Terra. Não se trata de um bloco fechado com um nº de componentes exatos. Na verdade, todos os que admiram o carnaval com este estilo musical e que estejam interessados em brincar, sintam-se convidados e juntem-se a nós, pois a brincadeira é para todos."

Também convidou todos os blocos a participarem deste resgate do FREVO SABUGIENSE e TODOS compareceram!

E, quem quis, participar NÃO precisou da camisa do CAMINHÃO DO FREVO para cair na folia!



Mas o MAIS LEGAL foi que cada folião levou seu “KIT CAMINHÃO”:

• Consciência;
• Respeito;
• Cordialidade;
• Animação;
• Alegria;
• Amor por São João do Sabugi e pela PRATA DA CASA!!!


Foi um feliz carnaval para TODOS e com muito, mas muito FREVO no pé atrás do CAMINHÃO DO FREVO!!!

Em 2014...
Freeeeeeevo, Eu quero MAIS freeeeeevo, CAMINHÃO DO FREVO...

Também fiquei muito feliz com a repercussão!!!
Abaixo, postei um "Print Screen" da postagem de joão Quintino em seu Blog http://sabugilandia3.zip.net/ :



CAMINHÃO DO FREVO
A melhor proposta para o Carnaval de São João do Sabugi nos últimos anos, saída das cabeças brilhantes de Juninho Cavalcanti e Pirini Rudá, está movimentando as tardes momescas nesta terra de músicos. Com o apoio dos mecenas César Brito, Eulália Morais e Renan Figueiredo, um grupo de músicos sai tocando frevo pelas ruas, do alto do caminhão de Ivan Cavalcanti. O povo, adorando frevo que só, acompanha o automóvel folião, formando verdadeiro cortejo pagão...
A cantiga de grilo do Caminhão do Frevo tem sido a de dar a Sanja o cognome de Capital Potiguar do Frevo, idéia que acho genial e endosso, já que tem raízes históricas o nosso gosto pelo ritmo que a UNESCO considera Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. Afinal, foram pernambucanos vindos para Sanja no começo no século XX – inicialmente, João Olinto; depois, Honório Maciel – que nos legaram a relação com o frevo e com a folia.
Correm rumores de que hoje, de novo, a troça Caminhão do Frevo deverá estar girando pneus e batendo pernas por São João do Sabugi, alardeando a necessidade de renovar o nosso carnaval, através da recuperação do que perdemos, do que deixamos para trás iludidos com modelos industrializados de folgança...
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(Imagens: Glauber Azevedo)


Escrito por Quintino Medeiros

FONTE: Escrito por João Quintino para seu Blog http://sabugilandia3.zip.net/ , acessado em 16/02/2013, às  16h 59min.


Carnaval 2013: ZÉ PEREIRA e os PAPANGUNS...




ZÉ PEREIRA
A maior – talvez, a única! – tradição do carnaval de São João do Sabugi abriu o antigo tempo de entrudo – a entrada na quaresma – na manhãzinha do domingo, como se repete desde que nossos avós eram vivos. O Zé Pereira não trouxe uma multidão considerável às ruas, como aconteceu em anos anteriores, mas continua vivo e cheio de irreverência e alegria.
Acredito que essa verdadeira instituição da folia de Sanja precisa urgentemente do incentivo do poder público sabugiense para prevenir-se do perigo de desaparecimento. A premiação para as melhores máscaras de papel-machée e para os papangus mais originais seria um bom começo, mas estudar a possibilidade de fazer dessa prática a real abertura do carnaval iria valorizá-la e reduzir os custos públicos com a festa de Momo daqui.
Minha opinião é que o carnaval oficial de nosso lugar aconteça no antigo entrudo – domingo, segunda e terça gorda. Temos condições de fazer um carnaval pequeno, porém interessantíssimo e diferente dos que existem ao nosso redor, o que nos destacaria pela singularidade. Valorizar o Zé Pereira, os papangus e as troças de rua pode ser um bom começo...
 
 
(Fotos de Batista Morais e Kléber Medeiros)




Escrito por Quintino Medeiros




FONTE: Escrito por João Quintino para seu Blog http://sabugilandia3.zip.net/ , acessado em 16/02/2013, às  16h 55min.





Carnaval 2013: Ô Insônia...

Parabéns, JQ, por se "virar nos 30" pela promoção e preservação de nossa CULTURA!!!


Ô INSÔNIA
O bloco alternativo Ô Insônia viveu sua décima-terceira noite sem dormir na segunda-feira gorda de carnaval, levando às ruas dezenas de pessoas com fantasias que faziam referência ao tema América Indígena. Crianças, jovens, adultos e idosos brincaram com o espírito alegre que Baco e Momo nos legaram, degustando o famoso mugunzá de Mãe Inácia e Lourdinha, além dos beijus de mandioca ofertados por Paulo Eduardo Mafra. Para os maiores de idade ainda era possível saborear o coquetel “calcinha de nylon”, desta vez executado por Glauber Azevedo.
Todos os participantes estão de parabéns pelo envolvimento, como também pelo zelo com que produziram suas fantasias homenageando a diversidade cultural dos ameríndios, falando dos indígenas das três Américas, com suas respectivas particularidades. É claro que, sendo carnaval, a imagem do índio genérico prevaleceu, trazendo à tona a velha idéia de que todo indígena precisa necessariamente estar coberto ou enfeitado de penas.
A alegria e o propósito cultural da turma insone contagiou a todos e o Ô Insônia desceu pelas ruas centrais de Sanja atraindo considerável multidão...
 
 
 

 
(Imagens: Yrlla Morais, Ryba Dantas, Flávia Taline, Cíntia Medeiros e Célia Brito)


Escrito por Quintino Medeiros às 12h11




FONTE: Escrito por João Quintino para seu Blog http://sabugilandia3.zip.net/ , acessado em 16/02/2013, às  16h 50min.


Carnaval 2013: MÁSCARAS...

Um breve relato, seguido de um apelo pela preservação de NOSSO PATRIMÔNIO CULTURAL SABUGIENSE!!!





MÁSCARAS
 
As máscaras têm servido a diversos propósitos, desde o religioso até o prático, passando pelo artístico e pelo lúdico. Sociedades primitivas já se valiam das máscaras para representarem os totens das tribos ou para afugentarem os maus espíritos, e desde os primórdios do teatro a máscara tem sido um importante acessório cênico representativo de personagens. A palavra pode significar “fantasma” (do latim mascus), “palhaço” ou “homem disfarçado” (do árabe maskharah)
A arte do papel machê é muito antiga e pode ter-se desenvolvido na China, na Pérsia ou na Índia, consistindo na produção de uma massa utilizando água, papel e cola (às vezes, também gesso), com posterior confecção de objetos utilitários os decorativos. A expressão papel machê vem do francês papier mâché, que significa “papel picado”.
Os papangus de São João do Sabugi, uma tradição provavelmente centenária, são do tipo “papangu pobre” e têm o seu perfil construído por traje andrajoso, chocalho, luvas, máscara e relho. A máscara deve ser construída de papel machê, para isso existindo várias pessoas que produzem e vendem esse acessórios, a partir de moldes de barro. O modelo antigo de máscara de papangu de Sanja é aquele do “nariz-tijolo”, que lamentavelmente não foi fabricado para o carnaval deste ano, em proveito de inovações que incluíam focinhos, chifres, lobinhos e calombos. O preço mínimo para a máscara de papangu em Sanja foi de R$ 3,00 (modelos mais simples), mas em alguns casos chegou a R$ 10,00.
Nosso apelo é para que os artesãos de máscaras de papangu voltem a produzir os velhos modelos, executadas juntamente com os modelos inovadores, a fim de que a nossa tradição possa se perpetuar sem descaracterizar-se. Nosso apelo é para que os papangus de Sanja deixem de usar máscaras industrializadas de plástico e borracha. Nosso apelo é para que se instituam premiações para as melhores máscaras e os melhores papangus (somente as máscaras artesanais), com o intuito de fomentar uma maior participação no Zé Pereira.
Na imagem de cima, máscara de papangu em papel machê criada por André de Zé do Barraco; embaixo, máscara de papangu em papel machê produzida por João Zacarias (Bebel)
 
(Fotos: JQ)


Escrito por Quintino Medeiros às 15h04

FONTE: Escrito por João Quintino para seu Blog http://sabugilandia3.zip.net/ , acessado em 16/02/2013, às  16h 45min.